12 de dez. de 2009

Participantes do Ato Contra Belo Monte entregam carta na sede regional da Eletronorte.

O Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, realizou na manhã de sexta-feira(11/12), um ato contra a construção da UHE de Belo Monte em Belém. Professores, estudantes, defensores dos direitos humanos, movimentos sociais, representantes dos moradores dos rios Xingu, Madeira, Tapajós e índios Tembés, concentraram-se em frente a Universidade Federal do Pará (UFPA). Em seguida, iniciaram uma caminhada rumo à sede regional das Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte).

Uma comissão foi criada para entregar um documento-manifesto ao diretor-presidente Jorge Nassar Palmeira, no entanto, os representantes do Comitê foram informados que não seriam recebidos. “O presidente não está. Se vocês não sairem chamaremos a polícia”, ameaçou um representante da empresa aos participantes do ato.

Este é um ato pacífico, viemos aqui com objetivo de entregar o documento e não saieremos enquanto não formos recebidos.” Contestava Dion Monteiro, um dos representantes do Comitê.

Com palavras de ordem que diziam: “Não, não, não! Belo Monte Não!”, “Àguas para vida e não para morte!” além de cantos, os ativistas decidiram entrar dentro da sede da Eletronorte. Já dentro da empresa, os representantes quiseram limitar a participação na sala de reunião em que somente a comissão iria entrar. No entanto, mais de trinta pessoas foram recebidas por Arielton Santos, advogado da empresa e pelo Engenheiro Eletricista Nilson Barbosa, substituto do gerente regional de Transmissão do Pará (CPA).

Antônia Melo da coordenação do Movimento Xingu Vivo Para Sempre de Altamira, leu a Carta em Defesa da Vida aos presentes. Os representantes da empresa comprometeram-se encaminhar à presidência da Eletronorte, em Brasília.

O professor Aluísio Leal, representante dos docentes da UFPA, expressou o sentimento de todos os participantes do ato, o de indignação e da luta contra esses grandes projetos na Amazônia que vem sendo construídos desde a ditadura militar. A Carta expressa o posicionamento de milhares de pessoas que continuarão a lutar pela vida e em defesa do povo da Amazônia.

*Fotos: Coletivo de Comunicação da Vía Campesina Pará

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