Uma comissão foi criada para entregar um documento-manifesto ao diretor-presidente Jorge Nassar Palmeira, no entanto, os representantes do Comitê foram informados que não seriam recebidos. “O presidente não está. Se vocês não sairem chamaremos a polícia”, ameaçou um representante da empresa aos participantes do ato.
“Este é um ato pacífico, viemos aqui com objetivo de entregar o documento e não saieremos enquanto não formos recebidos.” Contestava Dion Monteiro, um dos representantes do Comitê.
Com palavras de ordem que diziam: “Não, não, não! Belo Monte Não!”, “Àguas para vida e não para morte!” além de cantos, os ativistas decidiram entrar dentro da sede da Eletronorte. Já dentro da empresa, os representantes quiseram limitar a participação na sala de reunião em que somente a comissão iria entrar. No entanto, mais de trinta pessoas foram recebidas por Arielton Santos, advogado da empresa e pelo Engenheiro Eletricista Nilson Barbosa, substituto do gerente regional de Transmissão do Pará (CPA).
Antônia Melo da coordenação do Movimento Xingu Vivo Para Sempre de Altamira, leu a Carta em Defesa da Vida aos presentes. Os representantes da empresa comprometeram-se encaminhar à presidência da Eletronorte, em Brasília.
O professor Aluísio Leal, representante dos docentes da UFPA, expressou o sentimento de todos os participantes do ato, o de indignação e da luta contra esses grandes projetos na Amazônia que vem sendo construídos desde a ditadura militar. A Carta expressa o posicionamento de milhares de pessoas que continuarão a lutar pela vida e em defesa do povo da Amazônia.
*Fotos: Coletivo de Comunicação da Vía Campesina Pará
Parabéns a Via Campesina pela cobertura do ato.
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