16 de jul. de 2009

1 BILHÃO DE FAMINTOS

Neste mês de Julho em documento elaborado com vistas à cúpula do G-8, a FAO diz que pela primeira vez na história humana há mais de um bilhão de pessoas famintas. São 100 milhões a mais desde o ano passado.

Além de procurar garantir segurança alimentar para um bilhão de pessoas famintas, a comunidade internacional precisará quase dobrar a produção de cereais para alimentar a população global, que atingirá mais de 9 bilhões de pessoas em 2050.

O documento declara que o foco da ajuda dos países ricos está mudando, passando de ajuda alimentar para assistência financeira à produção agrícola nos países pobres, incluindo a agricultura familiar. A ambição no papel é de as nações desenvolvidas aceitarem se comprometer a elevar a ajuda oficial para a agricultura de 3% da assistência total para 17%. Isso significa passar de US$ 3,6 bilhões para US$ 20 bilhões por ano.

As cifras em discussão ainda variavam. Em todo caso, no encontro de cúpula na FAO sobre crise alimentar, no ano passado, os países ricos prometeram mobilizar US$ 22 bilhões de ajuda para combater a crise alimentar. Mas até hoje só desembolsaram US$ 2 bilhões.

A FAO declara que o problema é sobretudo de falta de renda e a sua má distribuição. Mas alveja a produção de biocombustíveis. Diz que a agricultura se tornou cada vez mais fonte importante de energia e que o potencial de demanda do mercado de energia pode mudar os fundamentos dos sistemas agrícolas.

"Isso já começou a acontecer", diz a agência da ONU, exemplificando que, em 2007, quase 100 milhões de toneladas "foram desviadas" dos mercados de alimentos para a produção de biocombustível. Significa cerca de 5% da utilização mundial de alimentos, mas menos de 0,5% da demanda global de energia, segundo a agência.

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