Se é agosto
A concepção vai torta
Tudo anda avesso e daí?
Quem governa não sabe de mim,
Nem dos camaradas afáveis.
Mais meu amor
É um plano invicto e tem dorso
Beija a outra margem do sol,
É um ato sem nome
[perambulando!
A vida não é apenas isso.
Mais o que fazer se a política endoideceu as palavras
Não sabe nada de coisas passadas.
O que torno dizer
É indivisível
Não pode ser paradoxal
A geografia de tudo não cabe
[no coração.
Se me escapo
O riso é de pura aventura
O fio da razão seqüela ainda mais a imperfeição,
O que fazer?
Entre o fervo
E a palavra toda aflição
Que a lucidez implora.
Não há consenso
A pedra é pedra e fura o desespero
É inútil tanto palácio!
Meu silêncio tem um estômago
Confronta sem amizade,
Seu equilíbrio
É música que danço sem
[fim!
Nessa distância
Só posso me inventar.
O medo tem sua estratégia
Arrogante se joga no ar!
Aqui entre as rugas do poder
Só há destinos tímidos
Fantasmas letrados?
Pelas ruas de mim
Não passará o hipócrita!
O cuscuz das horas beira a
[intimidade
Resmunga
Um sabor de tão futuro,
O que querem vocês com os muros?
Se o mundo é pequeno saio de dentro dele, e daí?
A luta como meio
O poema como fim!
A carícia é apenas slogan.
Em todos os cantos
O cartaz do passado devora e etc...
E o olhar deixou de ser
A fronteira da dor.
Quem quer essas rimas, quase infames?
Só peço, meu sobrenome
Não é panfleto
Seu uso é apenas da classe.
Quem é mesmo esse obeso Hiroshi?
A fala não entende nada de mim
O superficial já esgotou-se
Tem bolso
O delírio que se faz assim?
Entendam, o mapa quer outro mapa.
Mesmo uma felicidade!
E os lobos, mil estepes
Como não quer o covarde.
Como sangra
O presente e seus bajuladores!
A ordem, sinto muito...
Ficará sem meu amém!
A luta como meio
O poema como fim!
A carícia é apenas slogan.
Charles Trocate
De algum lugar desse país, de notícia de jornal.
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