29 de nov. de 2009

UM POEMA DOS FATOS

Se é agosto

A concepção vai torta

Tudo anda avesso e daí?

Quem governa não sabe de mim,

Nem dos camaradas afáveis.

Mais meu amor

É um plano invicto e tem dorso

Beija a outra margem do sol,

É um ato sem nome

[perambulando!

A vida não é apenas isso.

Mais o que fazer se a política endoideceu as palavras

Não sabe nada de coisas passadas.

O que torno dizer

É indivisível

Não pode ser paradoxal

A geografia de tudo não cabe

[no coração.

Se me escapo

O riso é de pura aventura

O fio da razão seqüela ainda mais a imperfeição,

O que fazer?

Entre o fervo

E a palavra toda aflição

Que a lucidez implora.

Não há consenso

A pedra é pedra e fura o desespero

É inútil tanto palácio!

Meu silêncio tem um estômago

Confronta sem amizade,

Seu equilíbrio

É música que danço sem

[fim!

Nessa distância

Só posso me inventar.

O medo tem sua estratégia

Arrogante se joga no ar!

Aqui entre as rugas do poder

Só há destinos tímidos

Fantasmas letrados?

Pelas ruas de mim

Não passará o hipócrita!

O cuscuz das horas beira a

[intimidade

Resmunga

Um sabor de tão futuro,

O que querem vocês com os muros?

Se o mundo é pequeno saio de dentro dele, e daí?

A luta como meio

O poema como fim!

A carícia é apenas slogan.

Em todos os cantos

O cartaz do passado devora e etc...

E o olhar deixou de ser

A fronteira da dor.

Quem quer essas rimas, quase infames?

Só peço, meu sobrenome

Não é panfleto

Seu uso é apenas da classe.

Quem é mesmo esse obeso Hiroshi?

A fala não entende nada de mim

O superficial já esgotou-se

Tem bolso

O delírio que se faz assim?

Entendam, o mapa quer outro mapa.

Mesmo uma felicidade!

E os lobos, mil estepes

Como não quer o covarde.

Como sangra

O presente e seus bajuladores!

A ordem, sinto muito...

Ficará sem meu amém!

A luta como meio

O poema como fim!

A carícia é apenas slogan.

Charles Trocate

De algum lugar desse país, de notícia de jornal.

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