4 de dez. de 2009

A nova coordenação nacional da ABEEF é do Pará

Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal – ABEEF, fundada desde 1971, foi criada para representar e articular nacionalmente os estudantes de Engenharia Florestal, tendo a universidade como principal área de atuação.

ABEEF vem trabalhando para que os estudantes de Engenharia Florestal se sensibilizem socialmente e tenha uma formação ética, política e crítica, para compreender e atuar sobre a realidade social do país.

A ABEEF vem tocando algumas campanhas como a de Solidariedade aos Movimentos Sociais Populares, a campanha da Educação, discutindo ENADE e REUNI e a campanha pela Soberania Alimentar, denunciando os transgênicos e a CTN-Bio. Além de realizar espaços como CFA (Curso de Formação em Agroecologia), principalmente para estudantes de Engenharia Florestal e Agronomia, além dos que participam de Grupos de Agroecologia.

Os desafios de ampliar os conhecimentos para além dos muros da universidade e na formação mais ampla e consciênte de profissionais engajados para atuar na realidade social, os estudantes tem o papel de fortalecer a luta do movimento estudantil, neste sentido, a nova coordenação enfrenta a realidade da região em que vive, pois é a primeira vez que um grupo da região amazônica assume a função representar a Associação nacionalmente.

A seguir a mensagem da nova coordenação:

Para os que virão

(Thiago de Mello)

Como sei pouco, e sou pouco,

faço o pouco que me cabe

me dando inteiro.

Sabendo que não vou ver

o homem que quero ser.

Já sofri o suficiente

para não enganar a ninguém:

principalmente aos que sofrem

na própria vida, a garra

da opressão, e nem sabem.

Não tenho o sol escondido

no meu bolso de palavras.

Sou simplesmente um homem

para quem já a primeira

e desolada pessoa

do singular - foi deixando,

devagar, sofridamente

de ser, para transformar-se

- muito mais sofridamente -

na primeira e profunda pessoa

do plural.

Não importa que doa: é tempo

de avançar de mão dada

com quem vai no mesmo rumo,

mesmo que longe ainda esteja

de aprender a conjugar

o verbo amar.

É tempo sobretudo

de deixar de ser apenas

a solitária vanguarda

de nós mesmos.

Se trata de ir ao encontro.

(Dura no peito, arde a límpida

verdade dos nossos erros. )

Se trata de abrir o rumo.

Os que virão, serão povo,

e saber serão, lutando.

Da Nossa Querida AMAZÔNIA, de sua ampla diversidade e de sua terra, cobiçada pelos olhos gananciosos dos opressores, mas adubada pelo sangue de nossos mártires, muitos deles desconhecidos dos jornais, revistas e livros, mas sentidos em cada momento de nossas caminhadas e lutas contra os esmagadores do povo.

Aos que avançam de mãos dadas com o povo e se dão inteiramente, aos que virão... vindos de uma terra distante, construindo sonhos e por acreditar neles lutando, levando sentimentos que diminuem as fronteiras dessas verdes Terras, a alegria, amor, esperança, construções, passadas, usando da indignação, da coragem e da rebeldia nos propomos levar a cada cantinho do Brasil o sentimento de resistência e de bravura vindas dessas Terras.

Acreditamos que é tempo de deixarmos de ser a vanguarda de nós mesmos e construir a passos firmes nossa caminhada abrindo novos rumos e a cada dia consolidando nosso horizonte, trilhando e construindo lado a lado de noss@s companheir@s a Revolução! A revolução dos nossos valores, de nossa educação, de nossa sociedade.

Continuemos então nossa Luta, junto ao caboclo, ao camponês, ao trabalhador, aprendendo nas conversas, reuniões e violas, um pouco de sua história... ”Caboclo Companheiro meu de Várzea, contigo cada dia um pouco aprendo as ciências desta Selva que nos une”... na caminhada em direção a uma Pátria Livre!

Nenhum comentário:

Postar um comentário