Da marcha de Irituia
para Adriana que sonha!
a força
é ríspida como é enfadonho
o governo e seus planos
e seus bajuladores
adoradores da lei!
o verbo
uníssono perfura
e la no fundo teima
a platéia se enfureceu com o
espetáculo
e revelou que o prato
é incólume
aos olhos da questão!
é verão
e há um imperativo secular
que não cabe nas bordas de nenhum
conceito
se o que é visto
é aceito?
latifúndio,
engasgo da felicidade!
o fogo que queima
o dorso das árvores
tem amém e espanto
e gíria e festa e tudo
o que soa
faz-me campo entre acasos e
espaços
o destino!
insepultos
são os homens invernados na luta!
na espera
fundaram em nós o esquecimento
um senso ignoto
para pastar
nas oferendas do baile.
o grito
apodreceu o poder!
teimam os Sem Terra
da pátria imperfeita!
Charles Trocate
Belém, agosto de 2.009
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