29 de jul. de 2009

Estudo de Impacto Ambiental do Porto da Cargill em Santarém está incompleto

Faltam informações no estudo ambiental sobre o Porto Graneleiro da Cargill, localizado em Santarém (PA). Esta é a conclusão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema). Após dez meses do seu recebimento, a Secretaria devolveu, na última semana, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do porto, solicitando que sejam feitas complementações. A Cargill é uma das maiores empresas mundiais do comércio de grãos.

Segundo o Departamento de Controle e Qualidade Ambiental, com o estudo incompleto, a Secretaria não consegue dar um parecer sobre os impactos ambientais e sociais gerados pelo Porto da Cargill.

Na avaliação da Secretaria, um dos problemas é a falta de definição da área de influência do porto na região. A área deve ser redimensionada para incluir tanto os municípios cuja produção de soja é escoada pelo porto, quanto aqueles que, embora não usem o porto, sofrem influência da malha viária de escoamento do produto.

O procurador da república Cláudio Henrique Días, revelou que outras recomendações de alteração do estudo, feitas pelo Ministério Público Federal, também poderão ser adicionadas ao pedido de complementação do documento.

“Há problemas na questão do tráfico de caminhões. Também há a questão do latifúndio, pois o que acontece com a construção do porto? A produção rural vai ceder espaço para a monocultura latifundiária, porque a soja só se desenvolve em latifúndios. Ainda, tem que especificar o derramamento de óleo.”

A entrega do novo estudo com as modificações deve levar no mínimo 120 dias. Enquanto isso, o Porto Graneleiro da Cargill continua funcionando, de acordo com decisão do poder judiciário.

Da Radioagência NP

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