2 de fev. de 2009

Juruti: governo do estado e caciques da Alcoa se reúnem amanhã com camponeses

Representantes do governo do estado e da Alcoa se reúnem amanhã com as comunidades ribeirinhas afetadas pela empresa no município de Juruti, oeste do Pará. Franklin Feder, representante da companhia na América Latina deve aparecer no encontro. Cerca de 200 trabalhadores estão acampados em frente ao canteiro de obras da Alcoa desde o dia 28 de janeiro. Numa outra reunião agendada em julho de 2008 os caciques da Alcoa atrasaram por mais de duas horas e os ribeirinhos se retiraram do local da reunião. O manifesto dos trabalhadores afetados pela exploração da bauxita, matéria prima para a produção do alumínio denunciam os danos aos recursos hídricos, redução do pescado, impedimento do direito de ir e vir dos ribeirinhos, diminuição da coleta da castanha do Brasil, andiroba e outras fontes de proteínas e recursos da fauna usados para fins medicinais. Uma nota da Comissão Pastoral da Terá (CPT) informa que desde 2005 tramita na Justiça uma ação civil pública ajuizada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual questionando a licença ambiental concedida à empresa.
Na ação é apontada uma série de falhas no estudo de impactos e a ausência de previsão de impactos importantes, como os socioeconômicos e os que afetavam as comunidades tradicionais do distrito de Juruti Velho, região mais próxima da mina de bauxita. Apesar de o Tribunal Regional Federal da 1ª Região já ter decidido que a ação deve ser julgada na Justiça Federal, o processo continua na Justiça Estadual porque a empresa recorreu da decisão. Esse recurso ainda não foi julgado.

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